Metaplasia e displasia: o que aumenta o risco e como evitar a progressão

Você sabia que algumas escolhas do dia a dia podem aumentar ou reduzir o risco de alterações no estômago que, com o tempo, podem evoluir para um câncer? Nesta matéria, explicamos os principais fatores de risco para metaplasia e displasia gástrica e mostramos o que você pode fazer para se proteger e cuidar da sua saúde.

Prevenção Instituto Mevy

Muitas vezes só prestamos atenção no estômago quando sentimos dor, queimação ou azia. Mas a saúde dessa parte do corpo pode esconder alterações silenciosas, que vão se desenvolvendo aos poucos — como é o caso da metaplasia e da displasia gástrica.

Essas alterações nas células do estômago não são câncer, mas podem ser o primeiro passo na evolução para uma doença mais grave se não forem acompanhadas corretamente.

A boa notícia? Na maioria dos casos, é possível prevenir, tratar e evitar complicações.


O que são metaplasia e displasia?

Esses termos aparecem nos resultados de biópsias feitas durante a endoscopia. Eles indicam mudanças nas células do estômago:

  • Metaplasia: as células do estômago se transformam em células semelhantes às do intestino. É uma mudança de defesa, geralmente causada por inflamações crônicas.

  • Displasia: as células já estão alteradas e podem se comportar de forma anormal. Em alguns casos, podem se transformar em câncer, mas isso leva tempo — e pode ser evitado com acompanhamento médico.


Fatores de risco: o que aumenta as chances de desenvolver essas alterações?

Nem todo mundo tem o mesmo risco. Alguns fatores aumentam as chances de desenvolver metaplasia e displasia, e, consequentemente, de ter um câncer gástrico no futuro.

Fatores que podem ser controlados (e você pode agir!)

  • Presença da bactéria Helicobacter pylori
    Essa bactéria vive no estômago e causa inflamação crônica (gastrite). Ela é o principal fator de risco e pode ser tratada com antibióticos.

  • Tabagismo
    O cigarro enfraquece a mucosa do estômago e aumenta a inflamação.

  • Consumo frequente de alimentos ricos em sal, defumados e conservantes
    Embutidos, carnes defumadas, alimentos muito salgados e industrializados estão relacionados a maior risco de lesões no estômago.

  • Uso abusivo de bebidas alcoólicas
    O álcool irrita a mucosa gástrica e potencializa outros fatores de risco.

  • Má alimentação
    Dietas pobres em vegetais, fibras, frutas e antioxidantes dificultam a regeneração saudável do estômago.


Fatores que não podem ser mudados (mas precisam ser conhecidos)

  • Histórico familiar de câncer gástrico
    Ter parentes próximos com câncer de estômago aumenta o risco, mesmo que você tenha hábitos saudáveis.

  • Pertencer a grupos étnicos ou viver em regiões com maior incidência de câncer gástrico
    Países da América Latina (como o Chile), partes da Ásia e do Leste Europeu apresentam taxas mais altas.

  • Metaplasia extensa ou incompleta já diagnosticada
    Se você já tem metaplasia em mais de uma parte do estômago ou do tipo "incompleta", o risco é maior e exige acompanhamento mais próximo.

  • Presença de atrofia gástrica
    É uma condição que afina a mucosa do estômago, geralmente associada à metaplasia.


O que você pode fazer para se proteger

Cuidar da saúde do estômago envolve atitudes simples, mas muito eficazes. Veja as principais recomendações dos especialistas:

  1. Trate a bactéria H. pylori
    Se detectada, a erradicação deve ser feita com antibióticos indicados por um gastroenterologista.

  2. Pare de fumar
    O cigarro é um dos principais agressores da mucosa do estômago.

  3. Evite o consumo excessivo de álcool
    Especialmente bebidas fortes e em jejum.

  4. Reduza o sal e evite alimentos defumados e industrializados
    Prefira alimentos frescos, naturais e variados.

  5. Mantenha uma alimentação rica em fibras, frutas, legumes e antioxidantes
    Eles ajudam a proteger e regenerar as células do corpo.

  6. Faça check-ups com seu médico gastroenterologista
    Se você tem histórico familiar ou fatores de risco, converse sobre a possibilidade de fazer uma endoscopia de rotina.


Um exame pode mudar tudo

A endoscopia digestiva alta é o principal exame para investigar sintomas e realizar biópsias que detectam metaplasia ou displasia. O exame é rápido, feito com sedação, e pode ser o que faltava para garantir a tranquilidade que você procura.


Conclusão: cuidar do estômago é cuidar da vida

Muitas doenças do estômago se desenvolvem em silêncio. Mas hoje a medicina permite descobrir essas alterações antes que se tornem um problema sério — e tratá-las com sucesso.

Ao conhecer os fatores de risco e adotar medidas de prevenção, você assume o controle da sua saúde. Com pequenas mudanças no dia a dia e acompanhamento médico regular, é possível viver com segurança e qualidade de vida.


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